sábado, 22 de setembro de 2012

Feminismo no Brasil

Agora, a luta também é por outros


Nas últimas semanas, tem sido notícia o caso Pussy Riot, o coletivo feminista que protestou contra o governo do presidente Vladimir Putin em uma igreja, improvisando palavras de ordem. As meninas foram presas e condenadas a dois anos por vandalismo e ódio religioso.

                                       (vídeo do protesto das Pussy Riot, extraído do Youtube)

Mais do que a questão da liberdade, este caso levantou a questão da atuação dos movimentos feministas, no mundo e no Brasil. Estes grupos defenderam causas como reconhecimento de direitos das mulheres nos aspectos sociais e econômicos, entre outros, descriminalização do aborto, entre outros.

Um dos primeiros, se não o primeiro grande nome do feminismo nacional foi Nísia Floresta. No século XIX, ela já se manifestava contra a cultura vigente de que mulher era criada unicamente para ser esposa e mãe e que, para isso, deveria não aprender outras coisas senão bordar e cozinhar. Acreditando nisto, Nísia criou o Colégio Augusto, uma instituição feminina, criticada por ensinar disciplinas supérfluas às meninas, como Geografia e Latim

Nísia Floresta: um dos principais nomes do feminismo no Brasil 

Ao longo da história brasileira, muitas outras mulheres se destacariam lutando pelos direitos das mulheres. Outro nome notável é o da jornalista Patrícia Galvão, conhecida como Pagu. Por influência de seu então marido, Oswald de Andrade, no início do século XX, ela militou pelo Partido Comunista, sendo não só um exemplo na luta pela libertação feminina, mas também na causa proletária, o que se revela em seu romance, "Parque Industrial". Ela mesma, foi um exemplo no primeiro aspecto: fumava, falava palavrões e cometia ousadias como sair de casa sem batom (o que era um escândalo à época, anos de 1910) e usar blusas transparentes.

Atualmente, fala-se em neofeminismo, como é o caso de grupos como o Femen. O coletivo, famoso pelo protesto que as integrantes fazem, em topless, surgiu na Ucrânia e possui várias filiais pelo mundo. Além de lutar pela causa feminina, a unidade brasileira também visa abraçar outras causas, como os direitos dos homosexuais e dos índios.

"Cada país tem sua luta específica. Na França, por exemplo, eles colocam a luta contra a lei islâmica [sharia] na agenda. Aqui no Brasil, incluímos a violência doméstica, os direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais) e a questão indígena.", sintetizou, em entrevista ao portal Opera Mundi, a líder do Femen Brazil, Sara Winter.

Em outro trecho (leia a entrevista completa aqui), ela acredita que no Brasil muitas pessoas não sabem o que é o movimento feminista. "O feminismo está nas universidades, nas casas de palestras. As feministas compartilham as ideias com mensagens herméticas, que não atingem pessoas simples", segue ela.

Como ocorre com o braço brasileiro do Femen, a luta os homossexuais também entrou em pauta de defesa de outros movimentos, como o CFSS (Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde), mostrando que atualmente, não só o direito da mulher importa, mas também a luta das minorias.

Talita Affonso - 2202736

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