sábado, 22 de setembro de 2012

Eleições 2012

Clicar para eleger 

Campanha eleitoral ganha fôlego nas redes sociais


Luís Filipe Pereira 2202714


Diferentemente de quatro anos atrás, as eleições municipais surgem com um componente interessante. É cada vez maior o número de candidatos que utiliza ferramentas como Facebook e Twitter na esperança de difundir seus ideais entre possíveis eleitores. A conseqüência, além da universalização da campanha, é que o debate ganha em profundidade, ou, dependendo da plataforma utilizada pelo candidato, os ataques e baixarias ganham a força da internet.  
Talvez por isso, mais do que  nunca os brasileiros estão expressando suas opiniões a respeito dos administradores públicos e do que esperam dos governantes que assumirão seus postos a partir de janeiro de 2013. A partir daí surgem dúvidas a respeito dos limites para a utilização da internet. Alguns, por desconhecerem o que realmente é proibido pela legislação, acabam se abstendo de participar do processo democrático.
 No vídeo abaixo, o jornalista Leonardo Sakamoto  dimensiona as redes sociais como elementos de mudanças sociais.




Yes, we can

Tudo começou na campanha eleitoral do atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Em 2008, o Twitter foi uma das ferramentas escolhidas pelo presidenciável  para apresentar suas ideias durante o período que antecedeu as eleições. O sucesso foi retumbante.  Além dos milhões dos seguidores em todo o país, a campanha acabou tomando uma proporção planetária. Depois de eleito, Obama também tentou  abrir um canal de opinião para a população. A ferramenta tinha o objetivo de definir a nova “cara” do governo no século 21. Mesmo tendo atingido apenas algumas milhares de pessoas, muitas delas com algum envolvimento político, a ação foi considerada  positiva.
No Brasil, algumas medidas vêm acontecendo gradativamente e o cenário eleitoral alcança também a grande rede. O uso das redes sociais ganha espaço nas campanhas eleitorais, principalmente das metrópoles. Para alguns especialistas, o sucesso é questionável. Eles alegam que é preciso um estudo e pesquisa quanto ao comportamento do internauta. É interessante ressaltar que  estratégias não são construídas ao redor de ferramentas, pois seriam  justamente a etapa posterior nesse processo.

            Clicando e votando

Para o professor universitário Álvaro Britto, trata-se de "apelação" a forma com que a propaganda eleitoral é feita hoje nas redes sociais. "É totalmente fora de propósito e, além disso a ideia de “santinho virtual” em nada agrega aos eleitores. O debate tem que ser aberto.  A credibilidade dos políticos pode ser melhorada com a Lei da Ficha Limpa, voto aberto, término da corrupção e ética dos mesmos", avalia.
Recentemente o Ibope, em parceria com a Nielsen Online, divulgou uma pesquisa revelando que o número de pessoas com acesso à web no País chegou a 82,4 milhões no primeiro trimestre de 2012: um aumento de 5% em relação ao mesmo período de 2011. Considerando os dados recolhidos pelo censo demográfico de 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pesquisa indica que 43% dos brasileiros têm acesso à internet.
 Segundo Álvaro,  apesar do crescente fluxo de informações pela internet, as redes sociais não têm consigo o caráter de elemento definidor do panorama eleitoral. Principalmente no interior. “O eleitor ainda decide seu voto a partir de uma série de fatores, e as redes sociais ainda não entraram nesse universo. Obviamente, trata-se de um agregador. O grande problema é que a  informação, nem sempre é de qualidade”, atesta.

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